quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um avatar


A cada minuto sou um Diverso,

mutante

Mutatis mutandis

Tenho forma

Um avatar


Sonho diverso

Objeto distinto

Cara de menina

Corpo mulher

Transfigurado?


Pareço estar

Prefiro não ser

Sou o que fui

Já não sou mais


Sonho-perpétuo

Só sei que não sei

Transmuto espaços

Adentro quimeras

Horas e horas

Brincadeiras
Risadas
Carapuças usadas
Lands desfrutadas


Tempos passados

Penso parar

Anos dias

Segundos espreitam

Me fazem mudar.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A mulher maravilha, onde???


Sempre tive por perto várias revistas femininas diferentes, com as mais variadas linhas editoriais. A depender da publicação, é claro que toda regra tem sua exceção, muito raramente encontro coisas interessantes nelas. Acabo lendo algumas matérias como que movida por uma curiosidade antropológica, a fim de descobrir qual o grande achado da vez. A decepção é recorrente. Estas revistas não mudam. E explico.
Minha relação com este tipo de publicação começou tardiamente, enquanto as meninas da escola já tinham suas enormes coleções, eu estava comprando a minha primeira. Até gostava, mas não entendia o motivo daquela paixão toda por aquele conjunto de folhas coloridas e cheias de fofuritchas para adolescentes.
Em primeiro lugar, como acontece até hoje, eu não me via naquelas revistas. Meu cabelo não estava lá, minha cor de pele não estava lá, meu nariz não estava lá, minha origem não estava lá. Comecei a entender o motivo de tanta identificação das coleguinhas de classe. O tempo foi passando e eu abandonei as revistas , cansei delas, não me atendia mais. Cresci.
Mudei de foco, de publicação, mas minhas características continuavam a não ser retratadas. Mantive minha postura crítica mas dei uma chance a elas me voltando para as matérias mais consistentes, históricas ou comportamentais. Só que aí também há problemas. Por trás de todo aquele verniz de revista voltada para a mulher moderna, a meu ver, todas elas reforçam o estereótipo da mulher que faz de tudo, mas tudo mesmo, para agradar o homem.
Se não, vejamos. As matérias sobre sexo são o exemplo mais notório. O foco do prazer é o homem. Ali, em várias páginas, a mulher é orientada sobre como ter a melhor performance na cama com seu par. Como fazer um bom sexo oral “para levar seu amor às alturas”, que lingerie usar porque “seu homem vai amar”, como se manter magra “os homens que gostam de gordinhas são exceções”.
No trabalho, no cuidado dos filhos, a linha é a mesma. Nenhuma delas se arvora a incitar a mulher a virar a mesa da tripla, quádrupla ou quíntupla jornada do trabalho – “a mulher hoje tem que equilibrar diversas funções, então já me acostumei com a culpa de ter que ficar menos com os filhos”. O homem é aquele que é chamado a “ajudar” nas tarefas ao invés de ser estimulado a “compartilhar” as atividades. É aquele ser a quem se deve prestar todas as homenagens. Grávida? De mal humor? Cheia de hormônios enlouquecendo o juízo? “Se esforce para não deixar a chama do casamento apagar”.
Então, onde está a modernidade? Que mulher é essa que as revistas querem incutir na mente de todas nós? A super mulher maravilha? A que faz de tudo no trabalho, em casa, na cama, na família, exerce múltiplas funções, mas não pode mesmo esquecer de servir ao maridão que, afinal de contas, é a razão e objetivo de vida de todas as mulheres… Será mesmo?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A terapia de Isah


Ria! De si mesmo, de situações do cotidiano. Rir é bom. Rir é ótimo.
Pesquisas já revelaram que é mais fácil suportar dores e há melhoras no sistema imunológico após assistir a vídeos engraçados. O mal humor (tensão, irritabilidade e raiva) está comumente associado a riscos de ter pressão alta e até infartos.
Outros experimentos demonstram que conteúdo de humor reduz níveis de cortisol, hormônio relacionado ao stress. Ao contrário do que se imagina, rir não faz aumentar o nível de endorfina no organismo, hormônio ligado ao relaxamento, bem-estar e prazer. Rir poderia estar mais ligado à produção de dopamina, que é responsável pela noção de recompensa no cérebro. Dar risada relaxa grupos musculares e diminui muito a ansiedade.
Aproveite esse começo de semana parar fazer uma terapia de riso, rir bastante e se sentir bem. Vá no embalo de domingo!

Ria de si e de nós!!!

Ria, mas ria tanto até doer a sua barriga!!!!!

sábado, 24 de julho de 2010

Viva o Ócio


O que você acha que Isaac Newton estava fazendo debaixo da árvore quando a maçã caiu bem em cima de sua cabeça? Provavelmente ele não estava trabalhando, porque se estivesse usaria sua escrivaninha. Ele estava de papo para o ar, fazendo nada, até que a fruta o atingiu e ele obteve a revelação: descobriu a lei da gravidade.Isso acontece o tempo todo. Você leva a vida de mau jeito, sem atenção, e muitas vezes é preciso um baita chacoalhão para acordar.No caso de Newton, será que em sua mesa de trabalho ele teria a mesma clareza? Eu acho que não. Foi mais o descanso, que somado ao choque, proporcionou o acesso à verdade, que sempre esteve ali, pronta para ser revelada.Outro exemplo é o nosso amigo Arquimedes. Consta que ele estava tranqüilo em sua banheira. De repente, eureka, ele entendeu a lei do empuxo. De novo, o gênio fazia nada, simplesmente de papo para o ar!Quando não penso e não faço, vivo momentos preciosos. Permito tirar férias da mente e ficar muito bem com no vazio. Escuto uma música, olho a paisagem e acalmo a mente. Saio do caminho da roça e posso ver a vida com outros olhos.
Principalmente nos sábados e domingos! Vivamos o ócio!

Gênios, hahahahahahaha.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

É possível ser feliz sozinho? Sim...


Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho...
Qual é, Tom? Condicionar a felicidade às parcerias únicas é meio claustrofóbico. Ok, ok... O amor é fundamental. Mas nem sempre dá pra ter esse amor das canções e dos poemas. E aí?
Nossa! Quantas vezes fui feliz sozinha. Quer dizer, sozinha em termos, porque bons amigos ajudam muito nessa felicidade. E fui feliz sozinha porque tinha espaço suficiente dentro da alma para prestar atenção nas coisas, nos verdes, nas manhãs, nos sons que a vida produz, nos cenários que a natureza oferece, nas pessoas à minha volta, na nota que fez toda a diferença em uma sinfonia. Enfim, pude prestar atenção e, prestando atenção, pude alegrar meus sentidos.
Se tenho, porém, a alma e o corpo incendiados pelas paixões, não percebo nada além do objeto desse desejo. Estou cega e surda para tudo na vida que é extrínseco ao "meu amor". Aí é felicidade relativa. Talvez mais uma ilusão de felicidade.
Pois eu já fui feliz sozinha sim. E ja fui feliz com alguém. Experimentei das duas felicidades. E, talvez pelas razões acima, quando volto os olhos para o passado em busca de algum momento intensa e verdadeiramente feliz, detenho-me naqueles momentos em que pude ter a posse de mim mesma. Esses momentos incluem sempre uma lua de verão, um perfume de capim cheiroso, um pôr-do-sol à beira mar, um grupo de amigos, uma bagunça aqui, uma subversão ali. Esses momentos incluem sempre o fato de eu estar prestando mais atenção em mim e no mundo do que em "pessoas únicas".
Que aqueles por mim amados e namorados possam me perdoar por esta confissão. Mas eles não significaram, necessariamente, o suprassumo da felicidade em todos os momentos, embora tenham contribuído para a felicidade de muitos deles.
Não, não é impossível ser feliz sozinho. Desde que se tenha amigos, um bom convívio consigo próprio e poesia nos olhos para ver a vida. Mas o inferno infernal mesmo é o "ser infeliz a dois". Eis o pior dos castigos.
Estou feliz sozinha!!!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O céu é seu limite


Li numa revista uma matéria que falava sobre como homens e mulheres usam métodos diferentes para desestressar. Enquanto eles partem para o esporte, sexo e ouvir música, elas preferem sentar e chorar ou ligar para uma amiga e abrir o peito. Enquanto eles estravasam, elas dialogam. Particularmente, não gosto de categorizar as pessoas e discordo dessa linha antropológica positivista que define taxativamente: ”homens são assim, mulheres são assado”. Me cheira sempre a machismo e a comparações infundadas, como se ser de um jeito ou de outro fosse pior ou melhor. Acredito que muito do que somos, enquanto mulheres ou homens, é fruto da educação que recebemos e do contexto social em que vivemos, para o bem e para o mal. Mas, voltando ao texto , embora eu reconheça a importância das redes sociais no contexto de sociedade tecnológica, veloz e de fronteiras cambiantes que a globalização criou, ainda aposto no contato humano, ao vivo, como a melhor forma de interação possível entre duas pessoas. Mas, não há como negar que a existência destas redes ajuda na aproximação das pessoas, ao menos daquelas com interesses em comum; estimula o debate, porque é mais um meio de troca de ideias e opiniões; e, nos mantém bem informados, para citar só algumas vantagens. A maior desvantagem lógico, é o risco de esquecer o sol quente lá fora em horas e horas de conecção simultânea. Mas, sabendo dosar e escolher o que acessar, a internet é o mundo ao alcance, sem dúvida.


Redes sociais: o reflexo do comportamento da mulher moderna

Desde a época das nossas avós, muita coisa mudou. Ou melhor, podemos dizer que praticamente tudo mudou. A mulher finalmente assumiu o papel de profissional, deixou para trás o status de símbolo máximo do universo doméstico e da família apenas e passou a ser também a provedora financeira, a escolher e a repensar seus relacionamentos, a decidir sozinha sobre seu destino e finalmente, ter voz ativa na sociedade assim como os homens, garantindo a sua contribuição na mesma medida.
Então agora somos iguais aos homens? Bem, em direitos e deveres sim, mas não na nossa essência. Mulheres serão sempre mulheres. Agora, somos mulheres, mas com o detalhe de sermos “modernas”, o que não significa que tenhamos perdido características tão nossas, apenas que temos outras formas e meios de nos expressar.
Para a maior parte das mulheres modernas, acabaram-se os tempos de “tricotar” junto com as vizinhas e amigas durante boa parte do dia enquanto esperavam os maridos retornarem de seus trabalhos. Hoje passamos a maior parte do dia nos escritórios, em reuniões estressantes, fazendo relatórios, respondendo e-mails, falando ao telefone e ao celular. Toda a nossa vida gira em torno desses aparelhos e de uma rotina muito corrida. E agora? Perdemos esta nossa parte tão “social” e tão “feminina” que são os relacionamentos?
Não. Por mais diferente que seja o nosso cenário atual em relação ao de nossas antepassadas, hoje temos uma ferramenta muito poderosa. Temos a internet. Com ela, podemos estar onde queremos, ver o que gostamos e, principalmente, interagir com muitas pessoas ao mesmo tempo e, o mais interessante, que partilhem dos mesmos interesses que os nossos (o antigo “tricotar”). Podemos, através da internet, manter essa nossa característica feminina tão peculiar de trocar idéias, experiências, dar opiniões, conselhos… E o mais incrível é que com o universo online, podemos expandir esse “tricotar” para além dos domínios da nossa rua, do nosso bairro ou da nossa família, que eram onde nossas avós viviam e passavam basicamente toda a sua vida. Na web, o mundo é o limite!
Daí nascem as redes sociais, sites no qual os próprios usuários criam seu conteúdo. E as mulheres já são o grande público delas, têm uma participação enorme e são responsáveis por boa parte dos temas gerados, voltado aos mais diversos interesses relacionados ao seu dia a dia e experiências de vida (cozinhar, viajar, esportes, moda, beleza, bem estar, manicure, ajuda humanitária…). As redes sociais podem, além de possibilitar às mulheres (e homens também) compartilhar ideias e experiências, criar vínculos em torno de interesses em comum e, finalmente, traduzi-los em relacionamentos reais. São as amizades que nascem na rede e que passam a ser “presenciais”, através de encontros, reuniões, festas. Ainda sobre relacionamentos, a internet com suas redes sociais serve não apenas para captar novos vínculos, mas também para manter vivos aqueles já existentes, mas que pela distância ou pela famigerada falta de tempo dos dias atuais não podem ser tão constantes ou “presenciais”. Sabe aquela sua amiga do peito que foi morar fora? Há algumas décadas atrás para ter notícias dela não restava nada além de sentar e aguardar pacientemente os dias se passarem para a chegada de uma correspondência.
Por fim, percebemos que apesar de tanto trabalho e falta de tempo, estamos vivendo dias que se traduzem nas palavras conectividade, emoção e utilidade. Palavrinhas que nós mulheres nos identificamos tanto, que sempre nortearam nosso jeito de ser, que fazem parte das nossas características tão “femininas” desde os primórdios. A tecnologia e a internet só vieram facilitar tudo isso, ser um meio nesses tempos modernos de continuar a “tecer” nossos relacionamentos de forma tão intensa como sempre fizemos, só que hoje a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo, onde quer a gente esteja. Bem-vindo à era das redes sociais, só que agora, o céu é o limite!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Perguntaimes se sou louco


Então aconteceu assim:

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas - as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas - e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: "Ladrões, ladrões, malditos ladrões!"Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: "É um louco!". Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: "Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!"Assim me tornei louco.E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

"Trecho do Livro O Louco GIBRAN KHALIL GIBRAN "

terça-feira, 20 de julho de 2010


"Um frio que suplica um aconchego"
O frio é mesmo fascinante. Tem charme. Tem beleza. Tem glamour. Deixa a gente bem mais elegante. É convidativo. É intruso. É calmo. É tenso. Tem dias que AMO frio e em outros, o ODEIO. O frio traz lembranças. Faz a cena das minhas histórias. Arrasta as folhas secas que só existem nos meus sonhos. Rouba a minha paz de vez em quando e me faz voar. O frio queima a minha pele e me faz querer abrigo. É perfeito. É vingativo. Desaparece quando me acostumo a ele. Esvoaça meus cabelos e me faz parar. O frio é modesto. É esquisito. É o vlião dos meus pensamentos. Traz saudades. É passado. É presente.Combina com um monte de coisas. Tem cara de pizza de muçarela.Tem a ver com cinema, pipoca e guaraná. Pede chocolate quente e brigadeiro de panela. É perfeito para o AMOR. É ideal para reunir amigos. Sentar e escrever até de madrugada. Inspira um cobertor quentinho. Acompanha um bom vinho com um livro novo. O frio é mesmo delicioso. Sempre se parece com aulas de matemática e Sessão da Tarde. O frio é inspirador. O frio é prisioneiro. É bandido. O frio dá sono e preguiça. É melancólico e regado a boas histórias. Pede dono. O frio é solitário. Parece triste. Não tem destino. Sopra onde bem entende. Faz surpresas.