quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O olhar por detrás...


Máscaras. Quantas temos? Quantas nos escondem, em cada situação da nossa vida?
Acho que quando as construímos, na maioria das vezes, procuramos embelezá-las, adequá-las da melhor maneira possível ao ambiente onde pontificarão. Tentamos.
Mas, algumas vezes o resultado não é o esperado, ela não se adapta a nossa face, não combina com nosso olhar ou com nossos gestos. A máscara se transforma um disfarce grotesco, uma caricatura…
Outra possibilidade é que, como a que estou usando agora, ela vá se moldando com a face do nosso verdadeiro eu e virando uma mescla endurecida. Até que sentimos não mais poder suportá-la. Das duas uma: ou deixamos que a máscara nos molde ou a estilhaçamos, destruímos e inutilizamos sua função.
Há outros casos de uso de máscaras. Uma delas é quando, em vez de projetá-las belas e sedutoras, a criamos para obscurecer o brilho, usamos para passarmos desapercebido, ficarmos invisíveis em determinados lugares e situações. Aff, qualquer semelhança é mera coincidência, hehehehhehe.
Essas são, em minha opinião, as máscaras mais difíceis de serem concebidas. Resultado do trabalho de exímios artesãos. Por que reproduzir o comum, o usual, hoje, é mais elaborado e complicado do que buscar aquilo que todos almejam e, por isso, poucos alcançam: as máscaras do “olha eu aqui”.
Mas, no caso do desaparecimento voluntário e proposital, uma máscara convincente não é o suficiente para atingir o estado de invisibilidade desejado. Há o olhar. É necessário – e muito difícil – disfarçá-lo, ocultá-lo. Não há máscara para o olhar.
Há sim, um truque clássico: desviá-lo. Nunca encarar. Estar sempre com ele baixo, guardado. Oculto de outros olhares enquanto durar o disfarce.
Se, por acaso, ele for fisgado, capturado, pode ter certeza que a máscara do esquecimento cai por terra e revela, ao caçador, tudo aquilo que a invisibilidade tão zelosamente protege.
E, pode ter certeza, quem caça os que se disfarçam com o manto do esquecimento, da invisibilidade, o faz por uma única razão: sabe que aí tem coisa. Que numa alma escondida, quando descoberta e escancarada, sempre tem coisa!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tudo é uma questão de percepção




Inconscientemente somos levados a crer que frio significa coisas negativas. Até as temperaturas no inverno são negativas. (dããã)
Ok, vou procurar evitar as piadinhas infâmes aqui ...Mas o frio pode ser bom. O brabo é provar isso.
Somos dois ou três Estados atingidos por frio de verdade, contra toda uma nação tropical que nunca ouviu falar em luva, touca, cuecão e cachecol!
Frio é ausência de calor. Mas peraí, o calor não pode ser a ausência de frio? Não, diriam os físicos. Inclusive para a Física, o frio não existe!
Não existe uma definição de frio, assim como existe uma definição para calor.
O frio é uma sensação.
Viu só, o frio é psicológico!Por falar em sensação, tô começando a me irritar com esse papo de sensação térmica.
Agora é moda falar que a temperatura é de 13 graus, mas a sensação térmica é de menos 40!Ora, por favor, se é uma sensação, não pode ser generalizada.
Cada um sente de uma maneira. Em um casal por exemplo, sempre tem aquele que sente mais frio, que dorme de calça, meia, blusa, casaco, luva e touca, e o homem, que no máximo bota uma camiseta pra dormir, de preferência aquela das eleições de 1982, muito confortável.A sensação térmica é uma percepção e, sendo uma percepção, ela possui diferentes considerações.
Um baiano vai ter uma maior sensação de frio nos dois ou três dias que ele passa em Gramado do que o gaúcho que já está acostumado com o frio a Serra!Então, por favor amigos da previsão do tempo, facilitem as nossas vidas e nos passem apenas a temperatura que o termômetro mostra.
Se tá 13 graus, digam município tal, temperatura 13 graus neste momento, e deixe que cada um tenha a sua sensação térmica.
Sensação térmica é que nem..., que nem..., que nem..., que nem buuuuuchecha, cada um tem a sua.Inverno é bom pra se vestir bem, caprichar naquele casacão de lã, comprado em 10 vezes no carnê, que só vai terminar de pagar em fevereiro do ano que vem, quando os termômetros vão estar na casa dos 40 graus e o casaco vai estar lá no fundo do armário pegando aquele cheirinho bom aff...Bom para sair em dia de chuva e parecer um lutador de esgrima com o guarda-chuva tentando não se molhar por causa da chuva que vem em 300 direções por causa do vento! Sem contar os sem-noção que insistem em dar com a ponta do guarda-chuva bem na tua testa...Inverno é bom pra queimar a língua com aquele chocolate quente que a gente toma num gole só.
Ou quase vomitar com aquele café frio que a térmica insiste em não conservar quente...É bom para estreitar amizade com os atendentes de farmácia.
Sim, já que você vai dar uma passadinha lá, dia sim, dia não, para comprar medicamentos contra gripes, resfriados...
Vou figir pro Rio! Hahahahahahahahahhahahaha